Secretário critica posição do RN em pesquisa

O secretário estadual de Educação, Ruy Pereira, nega que o salário dos professores do Rio Grande do Norte esteja entre os piores do Brasil. Para o titular da educação, o RN foi colocado em uma posição indevida e estaria 13% acima da média nacional.
“Não sei de onde tiraram essa informação. Fizeram um levantamento baseado nos salários pagos aos professores de 40 horas, mas aqui no Estado, nossos professores recebem em média R$1.293,72 por 30 horas semanais. Se essa pesquisa tivesse levado em consideração essa diferença, teria mostrado que estaríamos entre os melhores do Nordeste e acima da média nacional”, disse Ruy Pereira.

Mesmo com a média apresentada pelo secretário, o Estado continua na mesma posição (6º pior salário do país), já acima do RN está Alagoas, com o salário de R$ 1.298,00. O secretário justificou que o levantamento apresentado no site G1 levou em consideração não só o salário, mas todas as vantagens que são somadas à remuneração.

“Nós estamos implantando um plano de cargos que permite, a cada dois anos, uma ascensão de 5% no salário dos professores. Além disso, temos a ascensão vertical que permite um aumento de 15% a 130% dependendo do mérito de cada um, como cursos de graduação, especialização, pós-graduação”, falou Ruy Pereira.

Ele não soube informar quantos dos 30.330 professores da rede estadual recebem o salário de R$1.293,72. Ainda segundo o secretário, o menor salário pago a um professor da rede estadual é de R$712,76 e a maior remuneração chega a R$2.542,45.

“Não estou dizendo que o salário é bom, mas estamos tentando melhorar. Já aumentamos em 53,6% o salário dos professores. No início deste governo eles recebiam em média R$673,00, agora passamos para 1.293,00. Passa dos 93% de aumento, enquanto que a média nacional é de 53,6% nesse mesmo período. Ou seja, estamos 40% acima da média nacional”, disse o secretário.

Durante a entrevista, Ruy Pereira informou que não será possível a realização de um concurso público para o cargo de professor. Isso porque, em dezembro deste ano está vencendo o último processo realizado pelo Estado. A previsão do secretário é que até novembro os aprovados no último concurso sejam chamados. “Estamos fazendo o levantamento das necessidades para chamar os aprovados ainda este ano. Também vamos procurar saber o limite prudencial do Estado. Mas é fato que no próximo ano, por ser eleitoral, não será possível a realização de concurso”, disse Ruy Pereira.

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