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| Robinson Faria foi denunciado em setembro pelo MPF (Foto: Thyago Macedo) |
O Superior
Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou nesta quinta-feira (9) o pedido feito pelo
Ministério Público Federal para afastar o governador do Rio Grande do Norte,
Robinson Faria, de suas funções. A decisão monocrática
do ministro Raul Araújo, que é relator do caso, negou todas as medidas
cautelares solicitadas. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (10).
O MPF denunciou o governador em
setembro por obstrução de Justiça, após deflagração da Operação Anteros, que apurou
manobras ilegais por parte de Robinson Faria e de servidores do governo
potiguar para impedir investigações sobre os desvios na
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Os desvios foram investigados
dentro da Operação Dama de Espadas.
Tanto o
governador, como os demais denunciados, negam a prática dos atos ilegais.
Além do
afastamento, a Procuradoria Geral da República também pediu que o governador fosse proibido de acessar o Centro Administrativo - sede do governo estadual -
e a Assembleia Legislativa, bem como entrar em contato com os demais
investigados.
Dois assessores
do governador foram presos temporariamente durante a Operação Anteros: Magaly
Cristina da Silva e Adelson Freita dos Reis. Eles também foram denunciados pelo
MPF.
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A decisão do
ministro ainda será votada pela Corte Especial do STJ, composta por 15
ministros. Levando em consideração o parecer do relator, eles vão decidir se
acatam ou não os pedidos feitos na denúncia.
"No
presente caso, não tendo sido requeridas as medidas cautelares em questão
durante a investigação, não surgiu nenhum fato novo capaz de justificar a imposição
de tais medidas antes de iniciada a ação penal", declarou o ministro Raul
Araújo, reforçando que a decisão pode ser revista no caso de recebimento da
denúncia por parte do colegiado.
A denunciada é
baseada nas delações premiadas de Rita das
Mercês e seu filho Gutson Reinaldo, investigados pela Operação Dama de Espadas.
Eles já respondem à Justiça como réus. De acordo com as delações, assessores de
Robinson procuraram a família oferecendo vantagens para que não tivesse seu
nome associado ao esquema de desvio de recursos no Legislativo potiguar. De
acordo com a delatora, o governador recebia R$ 100 mil por mês, por meio dos
desvios.
Defesa
Na mesma
decisão, o ministro também julgou e acolheu parcialmente pedidos feitos pela
defesa do governador Robinson Faria, que dizem respeito ao acesso a partes dos
autos às quais ela não tinha, para garantir a ampla defesa. Foi citada, por
exemplo, a transcrição de uma ligação gravada entre o governador Robinson Faria
e Rita das Mercês. A Dama de Espadas gerou processos que atualmente estão na 8ª
Vara Criminal de Natal e no Supremo Tribunal Federal.
G1 RN
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