No Correio do G1 RN
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Arma foi apreendida com os suspeitos, pela PM, em Natal — Foto: PM/Divulgação |
Dois
homens, de 18 e 21 anos, confessaram em audiência de custódia que mataram o
motorista de aplicativo Gilberto Bezerra de Souza, de 70 anos, que estava
desaparecido desde o sábado (29), em Natal. O corpo dele foi encontrado na
manhã desta segunda-feira (31) no município de Senador Elói de Souza, a 60
quilômetros da capital, e identificado pelo Itep. Outro suspeito, um
adolescente de 15 anos, foi apreendido no final da tarde na Grande Natal.
Os dois suspeitos presos - um deles,
soldado do Exército - foram detidos na noite de domingo (30), por outro motivo.
Eles solicitaram um táxi e, enquanto estavam no carro, levantaram suspeitas do
taxista. Ao passar por uma base policial, a vítima jogou o veículo na contramão
com a intenção de chamar a atenção da polícia. Após a abordagem, a polícia
encontrou mensagens, áudios e vídeos, em um aparelho celular, que ligavam os
dois ao assassinato do motorista, que até então estava desaparecido.
Durante a tarde desta segunda, eles
confessaram o crime ao juiz, na audiência de custódia, e tiveram a prisão
preventiva determinada. O terceiro suspeito, um adolescente de 15 anos, foi apreendido
ainda durante a tarde, no bairro Golandim, em São Gonçalo do Amarante, região
metropolitana da capital. Segundo a polícia, ele estava escondido na casa de
uma tia.
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Foto: PM/Divulgação |
Mensagens
Entre as mensagens trocadas entre
os suspeitos, estava um print da chamada do carro de Gilberto Bezerra de Souza,
no aplicativo Uber, com a seguinte frase: "Viagem de sua morte". Na
mensagem seguinte, um deles dizia: "Eu sou tão psicopata que perguntei
onde ele ia passar o ano novo".
Os suspeitos pegaram o carro no
bairro de Igapó, na Zona Norte, para uma viagem até o município de Macaíba, na
Grande Natal. À Polícia Civil, os suspeitos disseram que a intenção era cometer
um assalto.
Após o assassinato, eles fizeram
fotos e vídeos no carro da vítima no momento em que retornavam para Natal. Um
deles cita ainda que "deu um tiro na cabeça dele, mas não fui ver se ele
morreu" e mostra arrependimento por não ter conferido se havia dinheiro
nos bolsos da vítima.
Em mensagens seguintes, um dos
suspeitos relata tristeza por ter matado "uma pessoa inocente", se
diz "um lixo" e se pergunta: "Por que eu fiz isso?". Na seqüência,
os dois conversam sobre o medo de ser preso e cogitam a possibilidade de
fugirem.
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