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| O presidente Jair Bolsonaro Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O presidente
Jair Bolsonaro voltou a reforçar, nesta quinta-feira, 22, que o diretor-geral
da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, é subordinado a ele, e não ao
ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. Bolsonaro não
descartou a possibilidade de eventualmente trocar o chefe da PF.
Se eu trocar (o diretor-geral da PF) hoje, qual o problema? Está na lei que eu que indico e não o Sérgio Moro. E ponto final", declarou Bolsonaro em conversa com jornalistas, pela manhã. "Ele (Valeixo) é subordinado a mim, não ao ministro. Deixo bem claro isso aí. Eu é que indico. Está bem claro na lei" declarou.
Questionado
se há, de fato, intenção de trocar o chefe da PF, Bolsonaro respondeu que, se o
fizer, será "na hora certa". "Hoje eu não sei. Tudo pode
acontecer na política", respondeu ao ser questionado se existe a
possibilidade de troca nesta quinta-feira.
Ontem, o
presidente afirmou ser um mandatário que pode "interferir mesmo" em
alguns órgãos federais se for preciso. Nesta quinta, reforçou o posicionamento
dizendo que supostas ingerências são, na sua visão, uma forma de
"mudança".
"Quero
que se combata a corrupção, que façam as coisas da melhor maneira possível. Eu
não estou acusando ninguém de fazer nada errado. Mas a indicação é minha. Por
isso elegeram o presidente da República. Se não pudesse ter ingerência,
interferência - para mim é mudança -, seria mantido o anterior, o cara que foi
nomeado antes iria ficar até morrer", disse.
Ele reclamou
de uma "onda terrível" que teria ocorrido após trocas nas
superintendências da PF - que se intensificou com o anúncio do presidente sobre
a saída do superintendente do Rio em coletiva de imprensa.
"Agora
há uma onda terrível sobre superintendência. Onze (superintendentes) foram
trocados e ninguém falou nada. Sugiro o cara de um Estado para ir para lá e
dizem 'está interferindo'. Espera aí. Se eu não posso trocar o superintendente,
eu vou trocar o diretor-geral. Não se discute isso aí", afirmou.
"Se é
para a não interferência, o diretor anterior, que é o que estava lá com o
(ex-presidente Michel) Temer, tinha que ser mantido. Ou a PF agora é algo
independente? A PF orgulha a todos nós, e a renovação é salutar, é saudável. O
Valeixo pode querer sair hoje. Não depende da vontade dele", reforçou
Bolsonaro.
Do
Estadão



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