Do G1 - 03 DE JUN 2020
Imagem retirada de vídeo mostra voluntário recebendo injeção durante teste de vacina experimental de Covid-19 realizado pela Universidade de Oxford, em 25 de abril — Foto: University of Oxford via AP |
A partir de junho, Brasil integra
projeto global para desenvolver imunização contra o novo coronavírus Sars
CoV-2. Será o primeiro país fora do Reino Unido a realizar os testes.
Dois mil brasileiros participarão dos testes para vacina
contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de
Oxford. A estratégia faz
parte de um plano de desenvolvimento global, e o Brasil será o primeiro país
fora do Reino Unido a começar a testar a eficácia da imunização contra o Sars CoV-2.
O procedimento foi aprovado pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
com o apoio do Ministério
da Saúde. Em São Paulo, os testes serão feitos em mil
voluntários e conduzidos pelo Centro de Referência para Imunológicos Especiais
(Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A Fundação Lemann está
financiando a estrutura médica e os equipamentos da operação.
Os voluntários serão pessoas na linha de frente do
combate ao coronavírus, com uma chance maior de exposição ao Sars CoV-2. Eles
também não podem ter sido infectados em outra ocasião. Os resultados serão
importantes para conhecer a segurança da vacina.
Testes já começaram
no Reino Unido
Com a previsão
otimista de ficar pronta ainda em 2020, a vacina desenvolvida pela Universidade
de Oxford ofereceu proteção em um estudo pequeno com seis macacos, resultado
que levou ao início de testes em humanos no final de abril.
Em humanos, os
testes têm apenas 50% de chance de sucesso. Adrian Hill, diretor do Jenner
Institute de Oxford, que se associou à farmacêutica AstraZeneca para
desenvolver a vacina, disse que os resultados da fase atual, envolvendo
milhares de voluntários, podem não garantir que a imunização seja eficaz e pede
cautela.
A vacina já está
sendo aplicada em 10 mil voluntários no Reino Unido. A dificuldade para provar
a possível eficácia está no fato de os cientistas dependerem da continuidade da
circulação do vírus entre a população para que os voluntários sejam expostos ao
coronavírus Sars-Cov-2.
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