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Mais de 70
organizações sociais, movimentos populares, coletivos feministas, entidades
estudantis e entidades da sociedade civil lançaram uma carta para denunciar a
pressão de setores econômicos e políticos para obrigar o Governo Lula (PT) a fazer cortes
no orçamento de áreas sociais e retirar recursos das áreas da saúde, educação e
da previdência.
Entre os movimentos populares, estão o MST (Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra), o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), a União
Nacional dos Estudantes (UNE)e a Central dos Movimentos Populares (CMP). Também
assinam a carta entidades do movimento negro e de mulheres.
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O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o INESC (Instituto de Estudos
Socioeconômicos), o IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e
Econômicas) e a Oxfam Brasil também assinam o documento.
A carta denuncia a atuação de setores
econômicos e da maioria do Congresso Nacional para impedir a aprovação de
medidas para tributar as altas rendas e eliminar privilégios no Judiciário e
nas Forças Armadas. As entidades exigem do Congresso Nacional a aprovação do
projeto que isenta do pagamento de imposto de renda para quem ganha até R$ 5
mil por mês, que está em tramitação em comissão especial na Câmara dos Deputados,
sob relatoria do deputado federal Arthur Lira (PP-AL).
“Não aceitamos que as medidas para manter o
equilíbrio fiscal sustentem os privilégios da grande burguesia, dos militares e
do alto escalão do Judiciário, às custas dos direitos dos mais pobres, dos
trabalhadores e dos setores médios”, diz a carta.
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Entidades lançaram uma carta para denunciar a pressão de setores econômicos e políticos para obrigar o Governo Lula (PT) a fazer cortes no orçamento. (Foto: Ricardo Stuckert/PR) |
Nesta terça-feira (1º), os movimentos também lançaram
o “Plebiscito Popular Por um Brasil mais Justo”, que vai até 7 de setembro. A
consulta popular perguntará à população sobre o fim da escala 6×1, a taxação de
quem ganha mais de R$ 50 mil e a isenção do imposto de renda para quem ganha
até R$ 5 mil.
“O Congresso — majoritariamente formado por representantes das elites
econômicas e políticas — age como guardião dos privilégios. Bloqueia qualquer
tentativa de construir um sistema tributário mais progressivo e de acabar com
privilégios para distribuir melhor a riqueza e reduzir as desigualdades
históricas que marcam o Brasil”, dizem as entidades.
“Não aceitamos que as medidas para manter o equilíbrio fiscal sustentem os
privilégios da grande burguesia, dos militares e do alto escalão do Judiciário,
às custas dos direitos dos mais pobres, dos trabalhadores e dos setores
médios”, completa.
Os movimentos pedem:
· Isenção do imposto de renda de quem ganha até R$ 5.000,00 por mês com a
cobrança de mais impostos de 141 mil pessoas que ganham mensalmente mais de R$
50.000,00.
· Tributação dos super-ricos, de transações financeiras, fundos de
especulação e das empresas exportadoras, aumentando a taxação sobre altas
rendas, capital e lucros.
· Revisão das renúncias fiscais que correspondem a 4,8% do PIB brasileiro,
somando a cada ano R$ 500 bilhões em impostos “perdoados”.
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· Acabar com os privilégios do alto escalão do Judiciário com os
supersalários, que representam um gasto de R$ 7 bilhões em remunerações acima
do teto estabelecido pela Constituição, e da aposentadoria dos militares, que
pode render uma economia anual de R$ 2 bilhões aos cofres públicos.
·
Restringir os gastos com emendas parlamentares que estão na faixa de R$ 50
bilhões por ano.
As entidades também defendem que o Congresso Nacional:
· Preserve os recursos da seguridade social, garantindo os direitos
previdenciários e assistenciais, rejeitando uma nova reforma da previdência e a
desvinculação das aposentadorias do salário-mínimo.
·
Proteja os pisos constitucionais da saúde e da educação, importantes
pilares do Estado de bem-estar social.
· Proteja os serviços públicos e o atendimento aos cidadãos, rejeitando
propostas de reforma administrativa que prejudiquem a população.
·
Preserve as áreas sociais e as políticas públicas para moradia, reforma
agrária, direitos das mulheres, igualdade racial e direitos humanos.
“É hora de pressionar o Congresso e
exigir que o Orçamento Público sirva à maioria, não aos interesses de uma
minoria privilegiada”, diz a carta.
Veja a lista de entidades
·
Frente Brasil Popular
·
Frente Povo Sem Medo
·
ADUFMS – Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul
·
ADUFSJ – Associação dos Docentes da Universidade Federal de São João
del-Rei
·
APUBH/UFMG – Sindicato dos Professores da Universidade Federal de Minas
Gerais
·
Associação de Apoio aos Direitos Humanos do Alto Tietê
·
Associação Mulheres Evangélicas pela Igualdade de Gênero
·
Casa Laudelina de Campos Mello – Organização da Mulher Negra / Articulação
de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras
·
Casa Marielle Franco Brasil
·
CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço
·
CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria
·
Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores/as da Região Metropolitana
de Fortaleza
·
Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos
·
CMP – Central dos Movimentos Populares
·
CMP-MS – Central dos Movimentos Populares de Mato Grosso do Sul
·
CONAM – Confederação Nacional das Associações de Moradores
·
DCE-UNIMONTES – Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual
de Montes Claros
·
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos
·
Diretório Acadêmico de Geografia da Universidade Federal de Alagoas
·
Evangélicos pela Justiça
·
FECOSUL- Federação dos Comerciários do Sul
·
FMPE – Fórum de Mulheres de Pernambuco
·
FMM – Fórum Maringaense de Mulheres
·
FNRU – Fórum Nacional de Reforma Urbana
·
Fórum Alagoano de Economia Solidária
·
Fórum da Amazônia Oriental
·
IBASE – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
·
IJF – Instituto Justiça Fiscal
·
INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos
·
Instituto Alziras
·
Instituto Soma Brasil
·
Instituto Vidas Amazônicas – Gênero, Democracia e Justiça Socioambiental
·
Iser Assessoria
·
Jubileu Sul Brasil
·
KOINONIA – Presença Ecumênica e Serviço
·
LabdadosBrasil
·
Levante Popular da Juventude
·
Marcha Mundial das Mulheres
·
MNCP-PE – Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas – Pernambuco
·
MNDH – Movimento Nacional de Direitos Humanos
·
MNU – Movimento Negro Unificado
·
Movimento Brasil Popular
·
Movimento Vaitegorda
·
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
·
MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
·
N’ZINGA – Coletivo de Mulheres Negras de Minas Gerais
·
ONG Taramela ATAC
·
OXFAM – Oxfam Brasil
·
Panela de Expressão – Etnogastronomia, Gênero e Comunicação
·
Partido Comunista Brasileiro – Célula de Maringá/PR
·
Pastoral da Juventude Rural
·
Pastoral dos Grupos de Família
·
Plataforma dos Movimentos Sociais por Outro Sistema Político
·
Processo de Articulação e Diálogo entre Agências Ecumênicas Europeias e
Parceiros Brasileiros
·
PSOL – Partido Socialismo e Liberdade
·
PSOL-AL – PSOL Alagoas
·
PSOL – PSOL Maringá/PR
·
PÚBLICA – Central do Servidor
·
Rede Brasil Afroempreendedor
·
Rede da Agricultura Familiar
·
Rede de Desenvolvimento Humano
·
Rede Feminista de Saúde
·
Rede Quilombação
·
REDE SAPATÀ – Rede Nacional da Promoção e Controle Social da Saúde, Cultura
e Direitos LGBTs
·
Negras
·
Resistência PSOL
·
Resistência/PSOL – Rio das Ostras/RJ
·
SASEAL – Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado de Alagoas
·
SEB – Sindicato dos Engenheiros da Bahia
·
Sempreviva Organização Feminista
·
SINDAEN – Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento
·
SINSEP/MS – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal de Mato
Grosso do Sul
·
SOS CORPO – Instituto Feminista para a Democracia
·
Terra de Direitos
·
UBM – União Brasileira de Mulheres
·
UNE – União Nacional dos Estudantes
·
GRUPO CURUMIM
·
Coletivo Popular Direito à Cidade – Porto Velho – Rondônia
·
Sintracoop Maringá
Fonte: Icl
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