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| Ministro Flávio Dino, do STF - Foto: Victor Piemonte / STF |
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar as conclusões do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a pandemia de covid-19. O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos principais alvos do documento.
Dino entendeu estarem cumpridos os requisitos legais para abrir o inquérito, “a fim de que os fatos tratados nos autos tenham apuração”, escreveu o ministro. Ele deu prazo inicial de 60 dias para as investigações.
“A investigação parlamentar apontou indícios
de crimes contra a Administração Pública, notadamente em contratos, fraudes em
licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de
contratos com empresas de ‘fachada’ para prestação de serviços genéricos ou
fictícios, dentre outros ilícitos mencionados no relatório da CPI”, destacou
Dino.
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Ocorrida de abril a outubro de 2021, a CPI da
Pandemia concluiu que Bolsonaro teve papel preponderante para que o
Brasil alcançasse a trágica marca de 700 mil vítimas de covid-19.
O relatório pediu o indiciamento do
ex-presidente por nove crimes, entre os quais charlatanismo, prevaricação,
infração a medidas sanitárias e epidemia com resultado morte.
A CPI também acusou Bolsonaro de ter cometido
crimes de responsabilidade, previstos na Lei de Impeachment, e contra a
humanidade, como extermínio e perseguição, conforme descritos no Estatuto de
Roma.
Outras 77 pessoas físicas e duas pessoas
jurídicas foram indiciadas pela CPI, incluindo o senador Flávio Bolsonaro
(PL-RJ) e o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), que foi ministro da Saúde
durante a pandemia.
Entre escândalos investigados estiveram
suspeitas de fraudes na compra de vacinas e na contratação de fornecedores pelo
Ministério da Saúde, entre outros casos.
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À época, o relatório de 1.288 páginas,
incluindo anexos, foi entregue em mãos por integrantes da CPI ao então
procurador-geral da República, Augusto Aras.
Algumas apurações preliminares chegaram a ser
conduzidas pela PGR, mas o documento nunca resultou em nenhum inquérito no
Supremo.
Em pareceres assinados pela
vice-procuradora-geral da República à época, Lindôra Araújo, a PGR disse que o
documento tinha deficiências, não sendo suficiente para mover inquéritos contra
os indiciados pelo relatório.
Fonte:Agência Brasil
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