A bancada federal seguiu com o mesmo posicionamento da votação da primeira denúncia, em agosto |
O plenário da Câmara alcançou o quórum de 342 deputados e iniciou por volta das 17h desta quarta-feira (25), a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.
Dos 453 parlamentares que estão hoje na Câmara, 410 registraram presença no plenário. Com o quórum atingido, quatro deputados – dois favoráveis e dois contrários ao prosseguimento da denúncia – começaram a encaminhar a votação. Em seguida, os líderes partidários passaram a encaminhar suas bancadas.
A votação foi nominal e cada parlamentar respondeu “sim”, “não” ou “abstenção”. A ordem de votação se dará por ordem alfabética, com alternância entre deputados das cinco regiões do país.
A bancada federal seguiu com o mesmo posicionamento da votação da primeira denúncia, em agosto, quando Temer foi acusado de corrupção passiva. Foram 5 votos favoráveis ao presidente Temer 3 a favor do prosseguimento da denúncia.
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O primeiro a votar foi Antônio Jácome (PODE) que alegou que "sem investigação não há punição de culpados" para votar contra o arquivamento da denúncia. Beto Rosado (PP) foi chamado em seguida e votou sim pelo arquivamento. Fábio Faria (PSD) se limitou a dizer que segue o voto do relator da CCJ.
Felipe Maia (PMBD) justificou o sim com os índices favoráveis da economia e a proximidade de novas eleições. "Não vamos criar uma instabilidade política que vai refletir na instabilidade econômica". Rafael Motta (PSB) quebrou a sequência de "sim" e votou pelo não arquivamento da segunda denúncia. "Por um Brasil passado a limpo e investigação dos fatos, eu voto não", disse.
A economia também foi usada para por Rogério Marinho (PSDB). "Não podemos brincar com nossa economia, não podemos brincar com o futuro dos brasileiros" e votou pelo sim. Marinho também seguiu o relator e votou sim. Walter Alves (PMDB) seiguiu o relator e votou sim.
Zenaide Maia (PR) encerrou a participação da bancada potiguar com o voto contrario ao arquivamento. "Não a impunidade, o crime não está acima da lei", falou. Não foi registrada nenhuma abstenção.
VOTAÇÃO BANCADA RN
SIM
Beto Rosado (PP)
Fábio Faria (PSD)
Felipe Maia (DEM)
Rogério Marinho (PSDB)
Walter Alves (PMDB)
NÃO
Antônio Jácome (PODE)
Rafael Motta (PSB)
Zenaide Maia (PR)
Entenda a denúncia
A acusação da PGR por organização criminosa sustenta que os sete integrantes do PMDB, incluindo Temer, montaram um esquema de propina em órgãos públicos, como Petrobras, Furnas e Caixa Econômica. Temer é apontado na denúncia como líder da organização criminosa desde maio de 2016. Temer, Moreira e Padilha têm negado a prática de qualquer irregularidade. Para a Procuradoria, o presidente também cometeu o crime de obstrução de justiça ao dar aval para que o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, comprasse o silêncio do corretor de valores Lucio Funaro, apontado como operador do PMDB
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