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foto:Reprodução |
A
deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29). Ela
foi condenada a dez anos de prisão por invadir os sistemas do CNJ (Conselho
Nacional de Justiça).
Zambelli foi detida na Itália. O STF
decretou no dia 5 de junho a prisão da deputada, e desde então, ela estava
foragida da Justiça brasileira e na lista de procurados da Interpol.
O deputado italiano Angelo Bonelli
relatou em postagem no X que deu o endereço de Zambelli à polítcia e os
agentes foram até lá para identificá-la.
“Carla Zambelli está em um
apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia
está identificando Zambelli”, escreveu o parlamentar.
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Deputada deve ser extraditada e
trazida de volta ao Brasil, onde começará a cumprir a pena em regime fechado. A
prisão não será mais preventiva, mas já a definitiva: quando ela saiu do país,
no final de maio, o relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes,
considerou que ela tentava fugir da lei e decretou sua prisão preventiva. Desde
então, porém, a Primeira Turma da Corte já rejeitou os pedidos da defesa da
deputada e o caso transitou em julgado ou seja, não há mais possibilidade de recurso.
Governo italiano disse que não sabia o
paradeiro da deputada. No dia 13 de junho, a administração da premiê de extrema
direita Giorgia Meloni declarou que Zambelli desembarcou nos arredores de Roma
no dia 5 de junho, às 11h40, vinda de Miami, mas que o alerta vermelho da
Interpol só foi publicado horas depois, às 16h24 do mesmo dia.
Relembre o caso
Zambelli contratou um hacker para
invadir os sistemas do CNJ e
inserir um mandado de prisão falso contra Moraes, assinado por ele mesmo, segundo
a denúncia. Ela foi condenada por unanimidade pela Primeira Turma do STF a dez
anos de prisão e à perda do mandato.
Após a condenação, deputada anunciou nas
redes sociais que havia saído do país. Segundo apurou o UOL, ela deixou o
Brasil no fim de maio pela fronteira com a Argentina, foi
para os Estados Unidos e depois para a Itália, país onde tem cidadania.
A
deputada chamou de “ilegal” e “autoritária” a ordem de Moraes para prendê-la.
“Nossa Constituição é clara: um deputado federal só pode ser preso em flagrante
e por crime inafiançável. Nada disso ocorreu”, disse, em nota enviada à
imprensa no último dia 5.
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Moraes também determinou o bloqueio
de passaportes, contas bancárias, salário e verbas de gabinete pagos pela
Câmara. Ele também mandou que as redes sociais bloqueassem os perfis de
Zambelli em território nacional, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. As
plataformas cumpriram a ordem, mas o X questionou a decisão.
Licença na Câmara
A parlamentar está afastada desde 29
de maio, quando pediu a primeira licença para tratamento de saúde. Depois,
Zambelli solicitou mais 120 dias para “tratar de interesse particular”.
Deputada terá que pagar multa por
atraso em devolução do apartamento funcional. Ela devolveu o apartamento
funcional em que morava em Brasília no último dia 15, com 11 dias de atraso.
Segundo a presidência da Casa, a multa diária é R$ 283,53, equivalente a 2/30
de R$ 4.253, o valor mensal do auxílio moradia.
Captura rápida. O embaixador do
Brasil na Itália, Renato Mosca, afirmou ao UOL que a captura de Zambelli
poderia levar meses. Além do caso de Zambelli, a embaixada tem, segundo Mosca,
mais 15 casos pendentes de solicitação de extradição.
Fonte: UOL/Folhapress
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