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segunda-feira, 7 de julho de 2025

Rogério Marinho é contra plano do governo Lula para ressarcir beneficiários do INSS

 

foto/Reprodução


Depois de se opor à proposta de “justiça tributária” do governo federal, para que os super-ricos contribuam mais, aliviando assim a carga sobre os mais pobres e a classe média, o senador Rogério Marinho (PL) também se posicionou contrário à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que homologou na semana passada o plano para ressarcir os descontos irregulares dos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

 

O acordo foi proposto pela AGU (Advocacia-Geral da União), com o objetivo de devolver o dinheiro para aposentados e pensionistas que foram alvo do esquema envolvendo entidades que realizavam descontos indevidos em benefícios previdenciários, sem a autorização e com assinaturas falsas.

 

As fraudes no INSS, iniciadas em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, foram reveladas pela “Operação Sem Desconto”, realizada conjuntamente pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União.

 

Para o senador, a decisão do ministro do STF penaliza a sociedade “na medida que o estado utilizará dinheiro do orçamento para pagar os aposentados que tiveram descontos ilegais”. Ele defendeu que “o certo seria o estado recuperar os recursos desviados e pagar os aposentados”.

 

Em sua decisão, o ministro Dias Toffoli determinou a suspensão de processos e decisões judiciais em todo o país que tratam da responsabilidade do INSS e do governo federal sobre os descontos ilegais.

 

O magistrado também sublinhou que a adesão dos aposentados e pensionistas ao acordo deve ser voluntária. Uma das cláusulas do acordo prevê que, quem aderir à proposta, deverá retirar a ação na Justiça contra o

 INSS.

 

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“É imperativa a atuação das instituições signatárias na divulgação não apenas do acordo, como também da voluntariedade de sua adesão pelos beneficiários que foram vítimas de fraudes mediante descontos não autorizados por parte de entidades associativas e dos efeitos jurídicos dessa adesão”, diz trecho da decisão do ministro.

 

Os pagamentos aos aposentados e pensionistas, segundo o INSS, devem começar no dia 24 de julho e serão feitos de 15 em 15 dias, a partir da data inicial. Cada lote deve contar com o ressarcimento de 1,5 milhão de beneficiários. Os valores serão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

Rogério se opõe a taxar super-ricos e à redução do Imposto de Renda até R$ 5 mil

 

Reportagem da Agência Saiba Mais, publicada no último domingo (6), mostrou a reação do senador Rogério Marinho à campanha promovida pelo PT nas redes sociais defendendo a taxação dos super-ricos para financiar a isenção do Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil.

 

Em mensagens publicadas no X, antigo Twitter, o pré-candidato a governador acusou o partido de usar uma “estratégia do ódio” para “dividir o país em dois”. O discurso foi a estratégia encontrada pela extrema-direita bolsonarista para reagir à ofensiva da esquerda para conquistar apoio popular ao projeto de “justiça tributária” do presidente Lula.

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A agenda da justiça tributária unificou o governo, a base petista e a militância de progressista nas redes sociais. O vídeo do PT defendendo a “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets”, produzido com inteligência artificial, viralizou na última semana, provocando reações raivosas na oposição, no centrão e em parcelas da grande mídia.

 

Para aliados do governo, o argumento de que a proposta “divide o país” em um “nós contra eles” é apenas um pretexto usado para defender a manutenção dos privilégios para os mais ricos, que historicamente pagam menos impostos no Brasil.

 

Discurso de Rogério protege privilegiados

 

“Pobres contra ricos, pretos contra brancos, patrões contra trabalhadores. Esse é um filme ruim que estamos assistindo de novo e já sabemos o final: quem perde é o Brasil”, escreveu o senador em mensagem no X.

 

A crítica do líder da oposição no Senado Federal, no entanto, ignora a desigualdade histórica do sistema tributário brasileiro, onde os mais pobres pagam proporcionalmente mais impostos do que aqueles que estão no ponto mais alto da pirâmide social.


A reportagem lembrou que essa não é a primeira vez que o senador assume uma postura contrária aos interesses da classe trabalhadora.

 

Dois anos depois, já no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele coordenou a Reforma da Previdência, que elevou a idade mínima para aposentadoria e reduziu benefícios, atingindo principalmente os mais pobres.

 

Mais recentemente, no início de janeiro de 2025, o senador classificou a política de valorização do salário mínimo, criada pelo presidente Lula, como uma medida “populista e irresponsável” que “impacta negativamente na economia”.

 

Ao mesmo tempo em que se opõe à taxação dos milionários, defendendo a manutenção dos privilégios do grupo do 0,1% mais rico do Brasil, Rogério Marinho votou a favor do aumento do número de deputados federais de 513 para 531, medida que custará R$ 65 milhões anuais ao Orçamento Geral da União (OGU).


Do Saiba mais



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