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Foto: Reprodução |
A 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) inicia na terça-feira (2) o
julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros 7 réus acusados de
integrar o núcleo central da tentativa de golpe de Estado depois das eleições
de 2022. Eles respondem por 5 crimes. O relator do caso é o ministro Alexandre
de Moraes. A condução das sessões caberá ao presidente do colegiado, ministro Cristiano
Zanin. O ministro Zanin convocou sessões extraordinárias para analisar o
processo: 2.set.2025: 9h e 14h; 3.set.2025: 9h; 9.set.2025: 9h e
14h;10.set.2025: 9h; 12.set.2025: 9h e 14h.
O
julgamento envolve o chamado núcleo central, formado por: Jair Bolsonaro,
ex-presidente da República; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e hoje
deputado federal; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres,
ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Mauro Cid,
ex-ajudante de ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da
Defesa; e, Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
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Segundo a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República), os acusados
respondem por: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
tentativa de golpe de Estado; participação em organização criminosa armada;
dano qualificado; e, deterioração de patrimônio tombado. No caso de Ramagem,
parte das acusações foi suspensa por causa de seu mandato. Os crimes ligados a
dano ao patrimônio público e tombado só poderão ser julgados quando ele deixar
a Câmara.
Votação
Encerradas as sustentações,
começa a votação: Moraes vota primeiro; em seguida, votam na seguinte ordem:
Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin; a decisão será tomada
por maioria simples (ao menos 3 votos); e, se houver condenação, os ministros
definirão a pena individualmente, considerando a participação de cada réu.
Julgamento
inédito
O julgamento de Bolsonaro no STF é histórico: será a 1ª vez que a
Corte julga um ex-presidente acusado de tentar um golpe de Estado. O processo
chama atenção não só pelo ineditismo, mas também pela dimensão prática: são
cerca de 80 terabytes de documentos, um esquema especial de segurança e a
condução acelerada pelo relator Alexandre de Moraes.
A tendência é de condenação da maioria dos réus. O ponto mais sensível, porém,
será a dosimetria das penas — etapa em que os ministros definem o tamanho da
punição e, consequentemente, a possibilidade de benefícios como progressão de
regime ou substituição da prisão por medidas alternativas.
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No tribunal, o espaço para divergências também parece limitado. Entre os 5 ministros da Turma, só Luiz Fux se apresenta como contraponto a Moraes. Mesmo assim, é considerado improvável que ele (ou outro magistrado) interrompa o processo com pedido de vista.
No caso de Bolsonaro, um eventual pedido de vista poderia empurrar a conclusão
do julgamento para o fim de 2025.
Aliados de Bolsonaro reforçam atos do 7/9
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão apostando na convocação em massa para atos marcados para o 7 de setembro, em meio ao julgamento do ex-mandatário por suposto envolvimento na trama golpista, cuja fase final começa nesta terça (2/9).
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Mesma estratégia
Os protestos reforçam o coro de movimentos de esquerda como “Brasil soberano” e
“O Brasil é dos brasileiros”, além da defesa de pleitos da esquerda, como o fim
da escala 6×1 e a reforma do imposto de renda.
Fonte: Tribuna
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