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Foto:Reprodução |
Recentes
movimentos de políticos importantes têm indicado que o projeto de anistia que beneficiaria o
ex-presidente Jair Bolsonaro tem cada vez mais chance de ser levado a votação
no Congresso. O próprio
presidente da Câmara, Hugo Motta (PP-PB), que tem evitado pautar o texto, disse
a interlocutores que “em algum momento o plenário terá de votar a matéria”.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas
(Republicanos) tem aumentado o ritmo de articulações em defesa da anistia. União Brasil e PP declararam
apoio ao projeto.
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Diferentemente do debate proposto
pelo bolsonarismo, a ideia
de anistia aos golpistas continua não tendo respaldo na população, como mostra
levantamento feito nas redes sociais pelo analista Pedro Barciela.
De maneira geral, 93% dos comentários
rejeitam o pedido de anistia.
Nas
reações reflexivas sobre o tema, 35% dos comentários coletados a partir da
repercussão na imprensa alegam que anistiar crimes ligados a tentativa de golpe
seria inconstitucional e afronta ao Estado Democrático de Direito. Além disso, repetem a ideia
“inocente pede justiça, culpado pede anistia” e que a Constituição vedaria
perdão a esse tipo de conduta.
Outros 25% defendem punições firmes —
“cadeia”, “Papuda”, cassações e inelegibilidade — para bolsonaristas
envolvidos; menções a “Bolsonaro preso”, “cassação do PL” e à necessidade de
“não haver impunidade”.
O uso massivo de
#CongressoInimigoDoPovo e “pior Congresso da história” está em 18% dos comentários, com críticas a articulações
vistas como “blindagem/PEC da impunidade” e atuação por interesse próprio
(emendas, Centrão), com citações a líderes como Hugo Mota, Arthur Lira e Davi
Alcolumbre.
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A ideia de que o pedido de anistia é
uma “admissão de culpa” (12%) completa a reação daqueles que rejeitam o pedido.
“A percepção de que a anistia é admissão de
culpa, inconstitucional e a conexão disso com a ideia de que o Congresso só
atua em prol de interesses políticos é muito forte”, diz Pedro Barciela.
“Pensando que o desafio de atores que queiram se cacifar como candidatos da
direita é justamente dialogar com atores para além do bolsonarismo, defender a
ideia de anistia hoje é um erro gigantesco”.
Fonte: ICL
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